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Channel: um velho mundo
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Até então

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Acabou-se mais um semestre e, pessoalmente acabou-se mais um ano para mim. Amanhã começa meu 23º. Ontem passei o resto da noite procurando publicações relevantes minhas no facebook (maldito scroll infinito) e descobri o quanto já vivi nesse 2015. Como já disse, não sei se é esse um ano incrível ou se só agora parei pra prestar atenção na minha vida. De qualquer maneira, selecionei alguns temas, sendo eles aleatórios: coisas vistas, ouvidas, sentidas, conhecidas.

Janeiro:retrospectiva do nada saudoso 2014, ano completamente diferente do atual, em diversos sentidos. Foi pesado, denso, cansativo, mórbido, lento. Tudo o que não me está sendo 2015. Diria que este é um ano de oportunidades e escolhas arriscadas, porém acertadas.
Talvez tudo isso tenha começado com a Débora me chamando para conhecer a banda Dom Pescoço na Augusta. Não gostamos de ser chamadas de "fãs", característica que faz minha amiga se sentir adolescente e histérica, quando na verdade é muito o contrário: somos apreciadoras, colegas, incentivadoras de um trabalho excelente, que esperamos que cresça.

Fevereiro: Falei de cinco dos meus filmes favoritos, um dos textos mais acessados dos que existem aqui. Também foi mês de eu me iludir com o curso, achando que continuaria razoável, e quando conheci Mário Chagas. Considero esse vídeo relevante pelo tema, e pelo situar historicamente o que aconteceu em 1973: teve até dark side of the moon, ou seja: palestra digníssima! "Temos potência para a necessária indignação museal? Os 40 anos da Mesa Redonda de Santiago do Chile - Prof. Mário Chagas"

Março: tive uns momentos aleatórios sobre as palavras, e talvez aí começou meu momento reflexivo que se estende até hoje. Teve show do Alceu Valença. No famigerado 15 de março, mais conhecido como 3º turno, achei que fugiria dos reacionários em São Paulo indo conhecer São José dos Campos, mas não foi bem assim. Pelo menos teve Cuba Corazón, ou seja: mais Dom Pescoço. Foi minha volta definitiva ao forró, também.
Considero esse vídeo do Jeremy Irons sensacional, chegou na minha timeline também nesse mês. Li Oscar Wilde novamente, e só aumentou meu amor por ele. Vi Interstellar e pirei, que filme maravilhoso, cheio de coisas a se pensar, em questões físicas, filosóficas, etc.

Abril: Finalmente li Admirável Mundo Novo, e posso dizer que me apaixonei por Aldous Huxley. Por mais que eu vire a cara para as distopias atuais, continua sendo meu gênero literário favorito. Sobre livros, também contei mais das minhas leituras.
Fui num cover maravilhoso do Pink Floyd, que fez o favor de tocar músicas que não são as habituais que tocam nas rádios. São, talvez, aquelas dos discos que são menos tocadas e mais puladas pela maioria das pessoas, mas que para alguém são uma felicidade clandestina. A minha é summer '68. Nunca pretendi ouvir essa música ao vivo, até porque arrisco que nem o Rick a tocou ao vivo, já que não acho versão live nunca nessa internet. Quando tocaram ela eu inclusive fiquei como o Matthew no gif acima, e no intervalo ainda fui agradecer o tecladista, que disse que foi a primeira vez que arriscaram tocá-la.

Maio: Teve Virada Cultural em São José dos Campos, e acho que estou ficando aconchegada naquela cidade. Não fui na de São Paulo, mas fui numa boa e alternativa, que estranhei no momento em que acontecia (com hipsters e suas máquinas de escrever e poesias estranhas na posta do SESC), mas se tornou boa lembrança.
Escrevi sobre ~momentos~ aqui no blog, essa transição, ou melhor dizendo, expansão musical. Falei de como me rodeava e de como tinha a ver com minha origem.

Junho: Com toda essa intensidade e mudanças bruscas de comportamento e decisões, é claro que fiquei perdida na vida. Me voltei para os vídeos e textos filosóficos intensamente, e questionei muito o que estou fazendo, estudando ultimamente. Como não podia me desvencilhar de algumas situações e pessoas que me envolvi, deixei de lado meu cabelo.

E mais McConaughey (e Woody Harrelson ♥): resolvi, depois de querer por um ano, ver True Detective. Uma temporada e foi a melhor série que vi na vida, vai me ajudar muito em questões historiográficas, de investigação histórica e de significado.

“Vision is Meaning. Meaning is Historical”


Agora já passou da meia noite, meu 23º ano começou, e espero que com ele mais aprendizado e mais criações, tanto visuais como textuais. Com textos melhores e mais intensos, não apenas informativos.


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