
Resolvi fazer uma rápida retrospectiva (em cima da hora, então tentarei ser sucinta) sobre o que aconteceu nesse ano - que, diferente do que muita gente gosta de falar nas redes sociais no maior estilo "chega 3500, mas não chega 2014" -, achei bem interessante.
Mudei de sala no começo do ano, e foi algo maravilhoso. Mais janelas (e mais escadas), mais alunos de adaptação, mais apostilas, mais disciplinas de História (que são as que me interessam, desculpem os chegados da Pedagogia, quanto menos desta, pra mim, melhor), novos professores, novos ares. Fiz um post alegrinho que consta no arquivo do blog de 2008-2013, como fotos e o que senti na época. Foi um texto gostosinho, de boas, da paz, como raramente conseguia fazer.
Passei a comprar e ler mais livros, um dia fui em busca de Stephen Hawking no Sebo do Messias e saí com Dostoiévski, Jorge Amado, Umberto Eco, Patrick Suskind, Hobsbawm, Fraz Kafka e nada do físico. Fui lembrar dele semanas depois, quando li minha caderneta. Mas mal senti falta, já que li Kafka e me apaixonei tanto quanto Orwell, que já conhecia há um tempo e também alimentei a coleção com A Revolução dos Bichos encontrada naquele sebo do túnel da Paulista/Consolação e a versão Animal Farm: a fairy story, também no Messias, pro TCC (eu chamo de tcc, por mais que nas aulas alguns gostavam de enfatizar e desmerecer que nem tcc era, por ser sem bancada e em formato de artigo). Aprendi também a respeitar livros não-clássicos, e senti muita falta de leitura de entretenimento, que fugisse totalmente dos estudos, que foram foda. Aprendi a ostentar os livros que tenho também, e viciei em maquininha de metrô. Devo ter triplicado, em 2013, minha coleção.
No aniversário ganhei mais bolos que podia aguentar comer, ganhei parabéns que não esquecerei. Digo que foi o ano do blackjack: fiz 21. Não por isso voltei a beber, e olha, tava necessitada! Chopp (de vinho) ganhou meu coração e beber com amigos e papai são coisas que me fazem contente e comfortably numb. Só não me venha com cerveja que (ainda) faço cara feia.
No meio do ano percebi o quão lerda estava para leituras e estudo (percebi quase tarde demais) e resolvi fazer algo de diferente: estudei, li o quanto pude, fui em palestras interessantíssimas, desde as de Filosofia fora do horário de aula (ouvindo Pink Floyd com professor Jean), até as da USP - carregando a amiga Débora que nem de humanas é - com participação do professor Fernando e umas perguntas anônimas, covardes, vergonhosas (e engraçadas) sobre Trotsky[i] e Stalin.
Estudar (de verdade) foi supimpa demais e eu percebi não só nas notas, mas no cotidiano. Associei tanta coisa que me senti a tal e tive mais propriedade pra falar, tive o que falar. E falei. Falei no intervalo e na saída, falei na aula e recebi um "até que enfim!" (eu nunca falo, fico vermelhíssima, gaguejo e tremo que é uma beleza, então foi vitória isso) por me soltar mais.
Ouvi Pink Floyd até todos - inclusive eu - dizerem chega, e tirei férias de seus discos. Conheci Joy Division mais a fundo e me apaixonei. Conheci ELP e agora morro de amores por Take a Pebble, a mesma coisa com Supertramp (que já conhecia, mas o Rafael me fez prestar mais atenção), Yes, Genesis, The Alan Parsons Project (que é sensacional, fico sem palavras). Comprei a biografia escrita por Nick Mason e recebi uma recomendação em pleno shopping de um desconhecido passeando com o filho assim que comprei: "você vai adorar, é muito bom esse livro!".
Refiz o twitter, provavelmente por conta das jornadas de junho ele ficou mais carregado e eu estava ficando louca com tanta opinião e informação, então resolvi fazer daquilo um negócio mais minimalista e sadio. Abandonei muita rede social, tenho menos de 15, quando tinha antes muito mais. Migrei para o linux e não me arrependo (só fico revoltada por não ter tanta versão de arquivo compatível quanto tem de .exe por aí, e o wine não funciona 100%), customizo ele todinho e os tutoriais são ótimos. Recomendo a quem quiser experimentar.
Fui independente em todos os sentidos quando mãe e irmã viajaram, e fui tratada como tal. Tô moça, gente!
Conheci o The Wall Cafe e virei a noite cozamigo, pulei até a última música e fiquei rouca candando Crazy Train com forças que devem ter vindo dos antepassados gregos. Falando em grego, um senhor do Sebo do Messias (que eu não sei mas desconfio que seja o próprio) quando soube meu nome lembrou da Helena de Tróia e eu quis abraçá-lo.
Viciei em vlog literário, e nessas férias estive menos lenta no que se refere a leitura. Comprei minha coleção de Harry Potter, após ter lido os do Roger no já longínquo 2007. Li pouco este ano (inclusive livro emprestado pelo professor prog Jean, a quem agradeço muito), mas em 2014 espero ler muito, muito mais!
Foi um ano que prestei bastante atenção em certas coisas (inclusive políticas - finalmente compreendendo um tico que seja) e consegui enxergar o que mudou e o que ainda fica. Percebi o quanto mudei e outras pessoas também. Percebi como é bom e resolvi fazer isso com o blog.
Enfim, vou deixar aqui um balanço musical e livresco, que é o que os sites permitem, e o que mais me interessa no momento.
O que (lembro que) li em 2013:2013 no skoob
O que mais ouvi em 2013:artistas mais ouvidos (a tabela muda conforme o tempo passa e as músicas que ouço)
Boas festas a todos, e parabéns a quem leu até o fim, não consigo escrever pouco, risos